sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sexta-feira chegando...

A sexta-feira já está aí, hora de folga? Nem pensar meus queridos folga vamo ter quando essa grande caminhada chegar ao fim e objetivo tiver sido realizado O/Vamos largar de papo furado e voltemos onde paramos: Onde paramos? Caderno 2 do CBC da Educação Básica - Os cadernos do CEALE.

No post de hoje abordaremos o 2ºEIXO - Apropriação do sistema de escrita:

Trata-se dos conhecimentos necessários que o aluno precisa adquirir para compreender as regras que orientam a leitura, escrita e ortografia.

Capacidade: 2.1- Compreender diferença entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

Fazer com que o aluno perceba a diferença em letras do alfabeto  de números, rabiscos, símbolos gráficos como -> * + - = % @ $ ...

2.2 Dominar convecções básicas: No sistema de escrita portuguesa a escrita se orienta de cima para baixo e da esquerda para direita, que existe espaçamento de uma palavra para outra e pontuações de acordo com cada frase. Um trabalho que deve ser feito bem no inicio do processo de letramento e alfabetização.

2.2.1 Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da língua portuguesa: É preciso mostrar a importância das convenções para o bom uso e entendimento da linguagem e da escrita. Deve-se ensinar como deve ser a ocupação de uma folha, respeitando as margens os espaçamentos necessários. Ensinar que na mesma direção que se escreve e a mesma direção  que sê lê intertexualizar com outros sistemas alfabéticos como os das culturas orientais que são opostas a nossa.

2.2.2 Compreender a função de segmentação  dos espaços em branco e da pontuação final das frases: A escrita e a fala são lineares som depois de som e precisa de pontuações para que possa ter significado aquilo que o texto ou frase venha nos passar.

ALITERAÇÂO: Repetição de um fônema.
ASSONÂNCIA: Espécie de rima, coincidência entre vogais das palavras.
2.3 Reconhecer unidades fonológicas como silabas, rimas, terminações de palavras etc.: Para poder ler e escrever com autonomia o requisito indispensável de ser capaz de operar racionalmente os sons – fonemas – e assim expressa-los graficamente. É fundamental o aluno saber ouvir o fonema e identificar que letra produz aquele som. Neste momento inicia a decomposição das palavras em sílabas.

2.4 Conhecer o alfabeto: Com suas 26 letras o alfabeto possibilita escrever todas as palavras da língua portuguesa. O professor deve ensinar sua ordem e sua grafia. É importante sempre deixar visível para auxilio doa alunos em momento de duvida.
2.4.1 Compreender a categorização gráfica e funcional das palavras: Compreender o alfabeto é mais do que conhecer as letras e também compreender que a letra varia na forma gráfica e no valor funcional. E que sua grafia não diferencia um A vai ser a mesmo maiúsculo mesmo minúsculo, mesmo cursivo mesmo em bastão.

2.4.2 Conhecer utilizar diferentes tipos de letra (de fôrma e cursiva): Possibilitar que o aluno perceba a diferença das diferentes formas que tem para se escrever.

2.5: Compreender a natureza alfabética do sistema de escrita: Seu principio básico é de que cada som é representado por uma letra. Que vária na posição da letra nas palavras.

2.6: Dominar as relações entre grafemas e fonemas:  Grafemas: São letras ou grupo de letras: A- B- C- D são grafemas RR QU SS também são grafemas.

Neste momento fixar bem na diferença da fala e da escrita, que algumas letras podem ter som semelhante na fala mais na escrita não é igual.
2.6.1 Dominar regularidades ortográficas: Cada regularidade possuiu o seu grau de dificuldade, sempre do mais fácil para o mais difícil. É importante partir dos casos nos quais os valores atribuídos aos grafemas não depende do contexto para depois nos que tem interferência de acordo com o contexto. Grafemas que o valor não depende do contexto: P B T D F V. Grafemas que depende do contexto: C G H L M N R S X Z.

‘Reconhecer as relações entre fonemas e grafemas com vista ao domínio das regularidades ortográficas. ’

2.6.2 Dominar irregularidades ortográficas: Fonemas idênticos com grafemas diferentes ou quando em fonema possui vários grafemas: palavras com S SS C Ç SC XC X Z .

Um momento que o professor deve ficar atendo, pois o grau de dificuldade é grande e sempre deixa passar despercebido.

RESUMÃO:

2 Saber o que é letra e o que não.

2.1 Utilizar de forma correta os espaços, a pontuação e compreender as convenções básicas

2.2 Saber o som de cada letra

2.3 Saber as letras do alfabeto

2.4 Saber que a escrita não é igual a fala e as vezes algumas letras poderão ter o mesmo som mais sua escrita não vai ser igual.

È isso o final de semana está aí, mas aqui nada para não. Amanhã volto com o tericeiro Eixo a ser trabalhado. Até lá vamo estudar.


NOVIDADE


Não é novidade meu amor pelo Rio Grande do Sul. Para acabar mais uma semana, a dica de livro e de mais um autor dos pambas.  O analista de Bagé - Luis Fernando Veríssimo:

O livro é a combinação entre a rude sinceridade e a franqueza do homen do interior gaúcho. Textos paródicos que desmistificam o regional e a psicanálise.São 27 hilariantes histórias do impagável analista gaúcho, freudiano, machista, que costuma tratar seus pacientes a tapa. É um clássico do humor brasileiro. Com práticas pouco convencionais, o analista barbudo, macho e sistemático não deixa de picar fumo e tomar chimarrão nas consultas.Suas opiniões são hilárias, inclusive sobre a competente secretária Lindaura. O sotaque forte e suas conclusões sobre os problemas dos clientes geram uma combinação divertida.Na obra, Luís Fernando Veríssimo apresenta as relações analista/cliente de forma irônica e debochada, fazendo alusões ao regionalismo, à política nacional, à intelectualidade – sempre de forma iconoclasta e irreverente.

Vocês vão gostar os textos do vérissimo alegra qualquer pessoa e pra aumentar a vontade de ler vou encerrar o post com o primeiro conto que le desse autor e que marcou minha vida de uma tal forma que nem tenho palavras para explicar. Aproveitem a sexta-feira e até a próxima.

O LIXO

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia.
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você perdoe minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho. Mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Alguns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes... Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso também você descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há alguns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se soubesse que você iria ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com as sobras dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha.
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?

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